Gerar e transmitir (em tempo real) as imagens produzidas no Serviço de Auxílio ao Diagnóstico e Tratamento (SADT) para os exames de tomografia do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG). A tecnologia denominada Picture Arquive Communication System (PACS) funciona desde a última quinta-feira (26) e vem facilitando o trabalho das equipes de cirurgiões, neurocirurgiões e neurologistas de plantão. O novo sistema permite, em um menor espaço de tempo, diagnosticar, elaborar e aplicar com mais agilidade e segurança a conduta necessária ao tratamento do paciente.
Atualmente todo o material produzido é retransmitido para um computador do tipo “iMac de 21”, instalado no setor de politrauma. Posteriormente, os setores de SADT, Centro Cirúrgico e a enfermaria do segundo andar também serão beneficiados com os equipamentos. O software de plataforma livre é utilizado para visualização das imagens médicas e permite executar funções como zoom, janelamento, uso de paletas de cores, medições, fusão de Imagens e até mesmo reconstruções tridimensionais de ossos e tecidos. A técnica tem indicação de uso para casos como os de lesões cerebrais, hemorragias internas no tórax, no abdômen, lesões na coluna, entre outras.
A introdução da nova tecnologia também elimina por completo a necessidade de revelação de películas. O material gerado é armazenado em um servidor com suporte para armazenar arquivos em alta resolução. Para se ter uma idéia da economia que será gerada, somente no mês de agosto, o Walfredo Gurgel realizou 1.761 tomografias. Segundo a técnica do SADT, Antônia Neusarina Nobre Pereira, “dependendo do exame, é necessária a revelação de até cinco películas”, explica. Uma tomografia de crânio, por exemplo, pode produzir até 160 imagens e uma de Trauma Crânio Encefálico (TCE) gera duas vezes mais.
“Nós trabalhamos com um hospital de emergência onde o diagnóstico tem de ser obtido de forma rápida e precisa. Agora o profissional não precisa se deslocar de dentro do politrauma para o setor de radiologia para elaborar um diagnóstico mais exato e com mais possibilidade de salvar o paciente”, comemora o neurocirurgião, Luciano Araújo.
A visualização do exame em tempo real possibilitou ainda, segundo Araújo, uma diminuição no tempo de resposta ao paciente. “O médico tem menos de uma hora para definir a conduta terapêutica e salvar a vida do doente. Antes a agilidade era prejudicada, pois era preciso, além do tempo de realização do exame, esperar pela revelação das películas”.
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