O surto psiquiátrico sofrido pelo agente penitenciário Adalberto Luiz Avelino, na manhã desta quarta-feira (16), não é novidade para a classe que diariamente trabalha nas unidades prisionais brasileiras. A presidente do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Rio Grande do Norte afirma que os casos de problemas mentais são constantes, tendo em vista que essa profissão é considerada uma das mais estressantes do mundo.
“Os casos de surtos são mais comuns do que se pensa e fazem parte da rotina. Devido ao alto grau de risco da profissão, muitas vezes agentes desenvolvem problemas psíquicos, como sentimento de perseguição ou alucinações. O próprio agente Adalberto já havia sofrido com isso e, há uma semana, tinha piorado”, comenta Vilma Batista.
Ainda de acordo com ela, o sistema penal de todo o Brasil põe em risco a vida dos agentes, bem como compromete a saúde, sem nem mesmo oferecer nenhum um tipo de assistência. “Não existe políticas públicas para acompanhamento, como forma de amenizar a situação. O resultado, infelizmente, é esse que vimos”, completa.
Na manhã desta quarta-feira, durante o surto do agente Adalberto, o assessor jurídico do Sindasp-RN, advogado Paulo César Ferreira, chegou a ir até a casa onde ele estava, no cruzamento da rua São José com avenida Bernardo Vieira, e intermediou que ele se entregasse.
“Como se trata de um problema de saúde, o agente foi encaminhado para o Hospital João Machado, onde deverá ser submetido a tratamento. Em relação à arma que ele estava, nós podemos assegurar que ela tinha registro e estava tudo legalizado”, destacou o advogado Paulo César.
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