Os trabalhos científicos apresentados pelo grupo que representou a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) no XIII Congresso Brasileiro de Transplantes de 2013 trouxeram grande repercussão entre os participantes. O evento promovido pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) aconteceu no Rio de Janeiro, no período de 12 a 15 de outubro, reunindo profissionais da área da saúde e pesquisadores de todo o Brasil e de vários países. O objetivo maior foi discutir o futuro dos transplantes no Brasil, além de apresentar dados e discutir novas técnicas.
A Sesap esteve representada pelo secretário adjunto de Saúde, Marcelo Bessa, e pelas coordenadoras médica e de enfermagem da Organização de Procura de Órgãos (OPO), Suzelle Freitas e Lourdens Miranda, além de seis alunos da Universidade Federal do RN que participam em parceria com a OPO do projeto de extensão DOAÇÃO. O grupo apresentou cinco trabalhos, que chamaram a atenção dos pesquisadores e profissionais de saúde que atuam na área de doação, captação e transplantes de órgãos.
A equipe apresentou um trabalho inédito produzido pela OPO e UFRN, através do grupo DOAÇÃO, mostrando que a elevação da temperatura do potencial doador que veio a óbito por morte encefálica não aumenta o risco de infecção para quem recebe o órgão. A pesquisa está concorrendo a uma publicação internacional na revista Transplantation Proceedings, umas das publicações mais importantes da área.
Outro trabalho que obteve grande repercussão foi o "Fila zero de córnea". Segundo Suzelle Freitas, coordenadora médica da OPO, “o trabalho chamou bastante a atenção porque mostra como o RN conseguiu zerar uma fila de espera em seis meses o que normalmente demoraria um ano. Através de uma parceria com bancos de olhos de outros Estados, com o Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) e com o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) do Estado. Os pesquisadores portugueses que participaram do evento ficaram encantados com a experiência potiguar, sobretudo por ser simples e de fácil custeio”, relata.
Para o secretário Marcelo Bessa, os trabalhos apresentados pelo Rio Grande do Norte mostram o quanto estamos na vanguarda com as pesquisas científicas na área de doação e transplantes de órgãos, resultado de investimentos constantes que Sesap tem feito na educação permanente dos seus profissionais e da parceria com instituições de ensino e pesquisa.
Além dos trabalhos apresentados, o Estado também foi reconhecido pelo trabalho que tem realizado nas áreas de captação e transplante de órgãos. “Atualmente somos o sexto Estado em captação de órgãos, temos o terceiro lugar do Brasil no ranking de transplantes de medula e estamos acima da média brasileira em número de doadores por milhão de habitante, 13,9, enquanto que a nacional é de 13,3 doadores para cada milhão”, enfatiza Marcelo Bessa.
De janeiro a agosto 2013, segundo dados da Sesap, através da Central de Transplantes, foram realizados 174 transplantes e 144 captações de órgãos no Estado. Desse total, foram captadas 99 córneas, 29 múltiplos órgãos (rim e fígado) e 17 válvulas cardíacas. Com relação aos transplantes, o Estado registrou 108 de córneas, 29 de rins e 37 de medula óssea. No mês de setembro, após um período de cinco anos sem realizar transplantes de fígado, o Rio Grande do Norte voltou a ter esse tipo de procedimento. Foram beneficiados dois homens de 67 e 69 anos que realizaram o procedimento no Hospital do Coração, em Natal.
Os números positivos refletem o trabalho realizado pela Central de Transplantes do RN e também através da Organização de Procura de Órgãos (OPO). Atuando no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), desde fevereiro de 2010, a OPO faz parte da Central de Transplantes do RN e tem como meta principal a busca ativa presencial que se caracteriza pela identificação, notificação e captação de órgãos e tecidos para transplante. Além disso, a organização realiza pesquisas através de projetos de extensão com universidades e promove a capacitação permanente de outros profissionais de saúde na área de doação e transplante de órgãos. “A proposta é que todos os hospitais da rede estadual tenham profissionais capacitados para identificação de potenciais doadores, abordagem da família, acondicionamento dos órgãos a serem transplantados, ou seja, que possam realizar em suas unidades o trabalho que vem sendo promovido pela OPO”, explica Suzelle Freitas.
Confira a lista dos trabalhos do RN apresentados no XIII Congresso Brasileiro de Transplantes de 2013
· Critérios de Viabilidade em Potenciais Doadores de Órgãos e Tecidos – Aumento das Doações no Rio Grande do Norte
· Fila Zero de Córnea: Conquista da Central de Transplantes do RN em 2012
· Melhoria da Negativa Familiar no Nordeste do Brasil Baseada na Experiência Espanhola
· O perfil de temperatura dos pacientes com morte encefálica da OPO natal – Hpertermia reduz viabilidade?
· Perfil Epidemiológico dos Potenciais Doadores de Órgãos do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), Natal/RN
A Sesap esteve representada pelo secretário adjunto de Saúde, Marcelo Bessa, e pelas coordenadoras médica e de enfermagem da Organização de Procura de Órgãos (OPO), Suzelle Freitas e Lourdens Miranda, além de seis alunos da Universidade Federal do RN que participam em parceria com a OPO do projeto de extensão DOAÇÃO. O grupo apresentou cinco trabalhos, que chamaram a atenção dos pesquisadores e profissionais de saúde que atuam na área de doação, captação e transplantes de órgãos.
A equipe apresentou um trabalho inédito produzido pela OPO e UFRN, através do grupo DOAÇÃO, mostrando que a elevação da temperatura do potencial doador que veio a óbito por morte encefálica não aumenta o risco de infecção para quem recebe o órgão. A pesquisa está concorrendo a uma publicação internacional na revista Transplantation Proceedings, umas das publicações mais importantes da área.
Outro trabalho que obteve grande repercussão foi o "Fila zero de córnea". Segundo Suzelle Freitas, coordenadora médica da OPO, “o trabalho chamou bastante a atenção porque mostra como o RN conseguiu zerar uma fila de espera em seis meses o que normalmente demoraria um ano. Através de uma parceria com bancos de olhos de outros Estados, com o Instituto Técnico-Científico de Polícia (ITEP) e com o Serviço de Verificação de Óbitos (SVO) do Estado. Os pesquisadores portugueses que participaram do evento ficaram encantados com a experiência potiguar, sobretudo por ser simples e de fácil custeio”, relata.
Para o secretário Marcelo Bessa, os trabalhos apresentados pelo Rio Grande do Norte mostram o quanto estamos na vanguarda com as pesquisas científicas na área de doação e transplantes de órgãos, resultado de investimentos constantes que Sesap tem feito na educação permanente dos seus profissionais e da parceria com instituições de ensino e pesquisa.
Além dos trabalhos apresentados, o Estado também foi reconhecido pelo trabalho que tem realizado nas áreas de captação e transplante de órgãos. “Atualmente somos o sexto Estado em captação de órgãos, temos o terceiro lugar do Brasil no ranking de transplantes de medula e estamos acima da média brasileira em número de doadores por milhão de habitante, 13,9, enquanto que a nacional é de 13,3 doadores para cada milhão”, enfatiza Marcelo Bessa.
De janeiro a agosto 2013, segundo dados da Sesap, através da Central de Transplantes, foram realizados 174 transplantes e 144 captações de órgãos no Estado. Desse total, foram captadas 99 córneas, 29 múltiplos órgãos (rim e fígado) e 17 válvulas cardíacas. Com relação aos transplantes, o Estado registrou 108 de córneas, 29 de rins e 37 de medula óssea. No mês de setembro, após um período de cinco anos sem realizar transplantes de fígado, o Rio Grande do Norte voltou a ter esse tipo de procedimento. Foram beneficiados dois homens de 67 e 69 anos que realizaram o procedimento no Hospital do Coração, em Natal.
Os números positivos refletem o trabalho realizado pela Central de Transplantes do RN e também através da Organização de Procura de Órgãos (OPO). Atuando no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), desde fevereiro de 2010, a OPO faz parte da Central de Transplantes do RN e tem como meta principal a busca ativa presencial que se caracteriza pela identificação, notificação e captação de órgãos e tecidos para transplante. Além disso, a organização realiza pesquisas através de projetos de extensão com universidades e promove a capacitação permanente de outros profissionais de saúde na área de doação e transplante de órgãos. “A proposta é que todos os hospitais da rede estadual tenham profissionais capacitados para identificação de potenciais doadores, abordagem da família, acondicionamento dos órgãos a serem transplantados, ou seja, que possam realizar em suas unidades o trabalho que vem sendo promovido pela OPO”, explica Suzelle Freitas.
Confira a lista dos trabalhos do RN apresentados no XIII Congresso Brasileiro de Transplantes de 2013
· Critérios de Viabilidade em Potenciais Doadores de Órgãos e Tecidos – Aumento das Doações no Rio Grande do Norte
· Fila Zero de Córnea: Conquista da Central de Transplantes do RN em 2012
· Melhoria da Negativa Familiar no Nordeste do Brasil Baseada na Experiência Espanhola
· O perfil de temperatura dos pacientes com morte encefálica da OPO natal – Hpertermia reduz viabilidade?
· Perfil Epidemiológico dos Potenciais Doadores de Órgãos do Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG), Natal/RN
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