Por Leonardo Sodré
Jornalista
Faltando poucos dias para lançarmos "Grande Ponto", a revista que pretende contar a História de Natal, no dia 10 de outubro de 2013, lá no Solar Bela vista, ás 19h30, Racine Santos, meu parceiro de editoria, me encomenda uma ilustração da Confeitaria Cisne por causa do texto que escrevi: "Um ponto que era grande e a confeitaria de muitos sabores". Eu tinha uns seis, sete anos quando frequentei aquele ambiente. Saía do Colégio Marista e ia diariamente esperar papai tomar a saideira na confeitaria.
Me apaixonei pelos bares, pelo cheiro de papai, pelo o que ele vivia. Hoje, depois de três ou sete doses no Azulão, fui almoçar no Clube de Engenharia. Caralho! Me lembrei que tinha que fazer uma ilustração do interior do bar da Confeitaria Cisne, do meu padrinho Múcio Miranda. Corri ao balcão de Temístocles amador e pedi:
- Preciso de uma caneta preta, uma folha de papel e um lápis grafite...
E aí Temístocles disse:
- A caneta eu tenho, o papel eu tenho um usado com algumas coisas escritas atrás. Grafite, nem pensar...
Então comecei a desenhar naquele papel meio enrugado. Precisava atender o "deadline" do meu parceiro Racine. Tinha que terminar neste domingo! O último de setembro. O lançamento da revista se aproxima e a turma do "Rosto Real" vai fotografar. Como vou chegar sem a ilustração do meu texto que evoca tanto o meu paizinho?
Mandei brasa! Mora?
E terminei. Deixei o garçom daquele tempo, Zé Américo, um verdadeiro anjo, meio longe do chão... Voando. Depois, disse a Temístocles:
- Se tivesse um grafite, ficava melhor...
Ai ele, saiu abrindo gavetas desorganizadas. Se abaixou. Se levantou. E, por fim, arranjou um cotoco de grafite. Mas, avisou:
- O original é meu!
Eu juro!
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