O papel do Samu é o atendimento Pré Hospitalar. Paciente deveria ter sido estabilizada na própria unidade municipal
O Secretário de Estado da Saúde Pública, Luiz Roberto Fonseca, recebeu a imprensa, na tarde desta sexta-feira (11), para esclarecer sobre o conteúdo das notícias veiculadas em reportagem que abordou o falecimento de uma paciente na Unidade Mista de Saúde do bairro Cidade da Esperança, em Natal.
Na ocasião, profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) imputaram, equivocadamente, a responsabilidade do óbito da idosa ao fato das macas das Unidades de Suporte Avançado do Samu Natal estarem presas nos hospitais do estado. No entanto, o secretário explicou que, na realidade, a paciente deveria ter sido imediatamente estabilizada na própria unidade do município de Natal a que havia se dirigido, para depois aguardar a chegada do Samu, já que em casos de parada cardiorrespiratória há apenas 50% de probabilidade do paciente se recuperar, índice que cai 10% a cada 1 minuto sem a assistência adequada, de modo que, dentro de um intervalo de 5 minutos, o quadro se torna irreversível.
Além disso, o secretário destacou a insuficiência de resposta não apenas por parte do município de Natal, mas também dos demais do interior, quanto à prestação dos serviços de baixa e média complexidade, o que é legalmente de competência destes. Isso resulta na superlotação dos hospitais de referência do Estado, que terminam sendo sobrecarregados por demandas não correspondentes ao seu perfil de assistência.
“Ao atribuir ao Governo do Estado o insucesso de uma reanimação, o município de Natal não quis reconhecer suas fragilidades na assistência hospitalar e a precisão de investimentos na melhoria de suas unidades e equipamentos. Hospitais como o Walfredo Gurgel, referência em traumatologia vem, ao longo dos anos, sendo marginalizado e apontado como vilão da Saúde Pública quando na verdade é o sustentáculo da rede estadual, pois atende todos os tipos de ocorrências.
Para o Luiz Roberto, enquanto não houver uma responsabilização efetiva, por parte de todos os entes (município, estado e federação), com a cobrança para que cada um cumpra com aquilo que é o seu papel, ou seja, ao município o atendimento à baixa e média complexidade, ao Estado a alta complexidade e o Ministério da Saúde o financiamento junto aos dois entes, não será possível alcançar o patamar de dignidade que se deseja na assistência à nossa população.
“Não se prende macas do Samu pelo simples desejo de prender macas. Como ex-coordenador do Samu Natal e Samu 192 RN, por um período de oito anos, sei que a solução não é comprar macas e sim a cobrança de que cada ente cumpra à resposta do seu nível de complexidade”, destacou.
Exemplificando, o secretário afirmou, ainda, que a capital do Estado do Rio Grande do Norte, que conta com quase 900 mil habitantes, deveria possuir 4 Unidades de Pronto Atendimento (UPA), como preconiza o Ministério da Saúde, e, entretanto, possui apenas uma, a de Pajuçara, funcionando em 50%. Dessa forma, o atendimento à população dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) é prejudicado, comprometendo a resolutividade e qualidade da assistência.
“O município deve reconhecer que precisa trabalhar com quatro Unidades de Pronto Atendimento, quando se está com apenas uma, e investir na construção de um hospital próprio evitando que toda a sua demanda, de baixa e media complexidade, seja encaminhada aos hospitais do Estado superlotando as unidades de referência”, enfatizou.
Segundo a Sesap, a partir do momento que Natal inaugurar sua Unidade de Pronto Atendimento, no bairro da Cidade da Esperança, prevista para o começo de novembro, o Hospital Walfredo Gurgel passará a atende o que de fato é de sua competência, ou seja, os casos de urgência e emergência.
“O Rio Grande do Norte tem que agir com a função que se espera que o Estado haja no que tange suas responsabilidades junto à gestão de Saúde Pública. Os hospitais terciários são unidades de referência cujas portas de entrada devem permanecer abertas para atender aquilo que é do perfil do hospital. No caso do Walfredo Gurgel a porta permanecerá aberta às demandas para causas externas (trauma), enquanto que os atendimentos de clinica médica serão encaminhados aos municípios”, concluiu.
O Secretário de Estado da Saúde Pública, Luiz Roberto Fonseca, recebeu a imprensa, na tarde desta sexta-feira (11), para esclarecer sobre o conteúdo das notícias veiculadas em reportagem que abordou o falecimento de uma paciente na Unidade Mista de Saúde do bairro Cidade da Esperança, em Natal.
Na ocasião, profissionais da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) imputaram, equivocadamente, a responsabilidade do óbito da idosa ao fato das macas das Unidades de Suporte Avançado do Samu Natal estarem presas nos hospitais do estado. No entanto, o secretário explicou que, na realidade, a paciente deveria ter sido imediatamente estabilizada na própria unidade do município de Natal a que havia se dirigido, para depois aguardar a chegada do Samu, já que em casos de parada cardiorrespiratória há apenas 50% de probabilidade do paciente se recuperar, índice que cai 10% a cada 1 minuto sem a assistência adequada, de modo que, dentro de um intervalo de 5 minutos, o quadro se torna irreversível.
Além disso, o secretário destacou a insuficiência de resposta não apenas por parte do município de Natal, mas também dos demais do interior, quanto à prestação dos serviços de baixa e média complexidade, o que é legalmente de competência destes. Isso resulta na superlotação dos hospitais de referência do Estado, que terminam sendo sobrecarregados por demandas não correspondentes ao seu perfil de assistência.
“Ao atribuir ao Governo do Estado o insucesso de uma reanimação, o município de Natal não quis reconhecer suas fragilidades na assistência hospitalar e a precisão de investimentos na melhoria de suas unidades e equipamentos. Hospitais como o Walfredo Gurgel, referência em traumatologia vem, ao longo dos anos, sendo marginalizado e apontado como vilão da Saúde Pública quando na verdade é o sustentáculo da rede estadual, pois atende todos os tipos de ocorrências.
Para o Luiz Roberto, enquanto não houver uma responsabilização efetiva, por parte de todos os entes (município, estado e federação), com a cobrança para que cada um cumpra com aquilo que é o seu papel, ou seja, ao município o atendimento à baixa e média complexidade, ao Estado a alta complexidade e o Ministério da Saúde o financiamento junto aos dois entes, não será possível alcançar o patamar de dignidade que se deseja na assistência à nossa população.
“Não se prende macas do Samu pelo simples desejo de prender macas. Como ex-coordenador do Samu Natal e Samu 192 RN, por um período de oito anos, sei que a solução não é comprar macas e sim a cobrança de que cada ente cumpra à resposta do seu nível de complexidade”, destacou.
Exemplificando, o secretário afirmou, ainda, que a capital do Estado do Rio Grande do Norte, que conta com quase 900 mil habitantes, deveria possuir 4 Unidades de Pronto Atendimento (UPA), como preconiza o Ministério da Saúde, e, entretanto, possui apenas uma, a de Pajuçara, funcionando em 50%. Dessa forma, o atendimento à população dentro do Sistema Único de Saúde (SUS) é prejudicado, comprometendo a resolutividade e qualidade da assistência.
“O município deve reconhecer que precisa trabalhar com quatro Unidades de Pronto Atendimento, quando se está com apenas uma, e investir na construção de um hospital próprio evitando que toda a sua demanda, de baixa e media complexidade, seja encaminhada aos hospitais do Estado superlotando as unidades de referência”, enfatizou.
Segundo a Sesap, a partir do momento que Natal inaugurar sua Unidade de Pronto Atendimento, no bairro da Cidade da Esperança, prevista para o começo de novembro, o Hospital Walfredo Gurgel passará a atende o que de fato é de sua competência, ou seja, os casos de urgência e emergência.
“O Rio Grande do Norte tem que agir com a função que se espera que o Estado haja no que tange suas responsabilidades junto à gestão de Saúde Pública. Os hospitais terciários são unidades de referência cujas portas de entrada devem permanecer abertas para atender aquilo que é do perfil do hospital. No caso do Walfredo Gurgel a porta permanecerá aberta às demandas para causas externas (trauma), enquanto que os atendimentos de clinica médica serão encaminhados aos municípios”, concluiu.
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