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quarta-feira, 3 de abril de 2013

Senador Paulo Davim (PV-RN) defende criação de carreira médica no Plenário do Senado


Senador Paulo Davim (PV-RN) fala no Senado sobre reunião das entidades médicas que discutiu a carreira médica, entrada de estrangeiros sem revalidação do diploma e outros dois pontos.

O senador Paulo Davim (PV-RN) falou no plenário do Senado Federal sobre o encontro de mais de 500 representantes das entidades médicas que participaram de uma discussão no Auditório Petrônio Portela, na manhã desta terça-feira, 2 de abril, no Senado Federal. O motivo que reuniu entidades como o Conselho Federal de Medicina, Federação dos Médicos Brasileiros e Associação Médica Brasileira, além de residentes e acadêmicos de Medicina foi a preocupação com medidas que estão sendo gestadas pelo Governo Federal, com o objetivo de levar médicos para o interior do Brasil, além de defender a criação da carreira de estado para médicos, a exemplo de outras carreiras já criadas, como na Magistratura e a carreira fazendária.

"Todos nós sabemos que milhares de municípios do Brasil não contam com a presença dos médicos. E isso gerou duas correntes de pensamento: uma que falta médico, e a outra que diz que não, e sim que há má distribuição desses médicos", disse Davim, continuando: "É fácil comprovar essa segunda corrente de pensamento: o Brasil tem 1.9 médicos para cada mil habitantes, quando a OMS recomenda 1 médico para cada mil. Temos 20% dos médicos do continente Americano e 4,5% de médicos de todo o planeta. Temos mais faculdades de Medicina que países como a China, os Estados Unidos, França e Canadá. Só ficamos atrás da Índia, que tem 257 escolas, enquanto temos 200. Portanto, entendemos que não falta médico e nem escolas de medicina. Falta uma política de interiorização do profissional médico.

A má distribuição, notória, dos médicos brasileiros, cuja concentração maior se dá nas regiões Sul e Sudeste, na opinião do senador pevista e líder do PV no Senado, é de que falta segurança jurídica, pela ausência de uma carreira de Estado, para que o profissional médico vá trabalhar nos rincões do Brasil. Ele citou exemplos de que algumas prefeituras erecer salários altos, como de R$ 20 mil e, no entanto, não conseguem atrair profissionais médicos. E a falta de segurança e de garantias poderia ser a explicação para essa evasão de médicos no interior.

"E não adianta criar outras fórmulas e soluções. O que nos preocupa é a vinda de médicos estrangeiros para trabalharem no interior, sem passarem por algum tipo de avaliação, como é o caso do Revalida. Todo brasileiros merece um profissional médico, que seja bem formado e bem avaliado", defendeu ele, insistindo: "o exame de revalidação dos diplomas existe em vários países. Se um médico sair do Brasil e quiser trabalhar na França, no Chile, no Canadá, ele precisará se submeter a esse exame. Como é que o Brasil fecha os olhos a essa condição fundamental? As entidades médicas vieram hoje aqui no Senado  para dizer que não concordam com a entrada de médicos estrangeiros sem passar pelo Revalida.

Com relação à criação de mais escolas de medicina, Davim se diz contrário. Ele acredita que o que precisa ser feito é aprimorar os critérios para a abertura de novas escolas. E, sobre a Serviço Civil Obrigatório para médicos, o entendimento é que é uma medida antipática. "Entendemos que o médico tem um papel intrasferível no sentido de melhorar a vida das pessoas. Mas o serviço obrigatório se torna completamente desnecessário, na medida em que o Governo implantar a carreira médica. Para se determinar que um médico exerça durante dois, três anos um serviço obrigatório, teria que obrigar outros profissionais também", argumentou.

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