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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Deficientes precisam ser tratados com dignidade e respeito, afirmam debatedores


Dignidade e respeito foram as palavras-chave entre os vários pontos discutidos na tarde desta quinta feira (11), na audiência pública realizada no auditório da Assembleia Legislativa, numa proposição do deputado George Soares (PR), para discutir “As Barreiras Físicas e Atitudinais  Enfrentadas pelos Portadores de Deficiências no Rio Grande do Norte”.

Os debatedores deixaram claro que é preciso investir muito em políticas públicas, federal, estaduais e municipais para que as diferenças sejam tratadas com respeito, para que os deficientes tenham assegurados os mesmos direitos das outras pessoas.

“Falar em barreiras atitudinais é denunciar uma realidade enfrentada por uma parcela da população brasileira. É marginalizar as pessoas com deficiências e retirar delas as suas identidades. Saber compreender sem restringir e valorizar as ações efetivas e sociais é um grande desafio nos tempos de hoje”, afirmou o deputado George Soares.

Ele lembrou que 27,8% dos habitantes do Rio Grande do Norte têm algum tipo de deficiência, o que coloca o Estado como detentor do maior índice de pessoas com deficiências no Brasil. “Esse é um dado preocupante e ao mesmo tempo incentivador no que se refere às ações governamentais de promoção de políticas públicas de inclusão social”, afirmou.

A gratuidade no transporte intermunicipal, a extinção da taxa extra nas escolas e a acessibilidade a prédios públicos e privados, bem como às calçadas e equipamentos públicos foram colocados como alguns benefícios importantes a serem assegurados aos deficientes.

Na Assembleia Legislativa está tramitando Projeto de Lei, de autoria de George Soares que trata da gratuidade das pessoas com deficiência nos transportes intermunicipais. Ele disse ao final da Audiência que vai fazer tudo pela sua aprovação.

 “O que vi aqui hoje foi um grande aprendizado.   O poder público tem que criar as políticas voltadas para os deficientes. O Estado precisa ter conhecimento do que faz o Rio Grande do Norte ser detentor do maior índice de pessoas com deficiência no Brasil. A barreira atitudinal tem que ser combatida por meio da educação, para que a sociedade entenda e respeite as diferenças”, concluiu.

A Mesa dos trabalhos  foi composta pelo presidente da Federação das APAES do RN, Willian Ferreira; presidente da Associação dos Surdos de Natal, José Arnor ;  Presidente da Federação Norte-Rio-Grandense de Entidades de Associações de Deficientes, Décio Santiago; Presidente do Conselho Estadual da Pessoa com Deficiência, Márcia Maria Guedes; Diretora do Centro de Apoio às Promotorias de Inclusão, promotora Rebeca Nunes; secretário geral da Organização Nacional de Entidades de Deficientes Físicos, Carlos Mota; representante do Gabinete Civil do governo do Estado, Sonáli Rosado  e do secretário  de Justiça e Cidadania, Júlio Queiroz.

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