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sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

Primeiras turmas do projeto “Mulheres: Mãos que constroem” recebem certificados


Cerimônia acontece nesta sexta-feira (19), a partir das 16h no auditório da FCDL

A Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (Semul) entrega, na próxima sexta-feira (19), os certificados de conclusão das primeiras turmas do projeto “Mulheres: Mãos que Constroem”. Nesta primeira etapa estarão aptas para trabalhar no mercado da construção civil 196 mulheres, que participaram dos cursos de eletricistas, encanadoras prediais, pintoras de obra e pedreiras de revestimento em argamassa e cerâmica. A cerimônia de entrega dos certificados acontece a partir das 16h no auditório da Federação da Câmara dos Dirigentes Lojistas (FCDL) em Natal e contará com a presença do prefeito Carlos Eduardo Alves.

O Projeto, que conta com a parceria da Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, prevê três etapas, que ao todo contemplarão 720 mulheres das quatro regiões da capital. A primeira fase contou com 11 turmas nos bairros de Nossa Senhora da Apresentação, Parque das Dunas, Felipe Camarão, Quintas, Alto da Torre (Conjunto dos Garis), comunidade da África, Quintas, Jiqui e Potengi.

O curso dura dois meses, com quatro horas de aula diárias, pela manhã ou à tarde. Para atender melhor à demanda, funciona em locais próximos de onde as mulheres moram, por isso, a Semul tem o apoio de associações e conselhos comunitários, onde as aulas acontecem. Além disso, o projeto tem o apoio de grupos organizados de mulheres e o suporte da FCDL responsável pelo processo ensino-aprendizagem.

São ao todo três fases: a primeira é ministrada por educadores que tratam sobre gênero, participação, organização, violência contra a mulher e inserção no mercado de trabalho; na segunda fase os instrutores da FCDL abordam a teoria das áreas em que as mulheres vão atuar; e na terceira, elas têm aulas práticas. A ideia é prepará-las para o mercado de trabalho, de forma que possam gerar renda, seja como autônomas ou empregadas no mercado da construção civil. “Com esta iniciativa quebramos um paradigma, que é abrir espaço para as mulheres em um mercado tipicamente masculino, criando para elas uma nova frente em um trabalho formal”, aponta Ana Cláudia Mendes, coordenadora do projeto.

A Lei Municipal 330/2011, que já foi sancionada, de autoria do vereador Ney Lopes Júnior, prevê uma cota de 10% de mão de obra feminina nas obras públicas municipais. A dona de casa Maria Luzineide Lopes, 35, moradora do bairro de Felipe Camarão, não vê a hora de fazer parte deste mercado: “estamos aprendendo a construir casas, quero entrar no mercado da construção civil. A gente tem que trabalhar junto com os homens e se for preciso, competir com eles”. Para a inserção dessas mulheres no mercado, a Semul conta com o apoio do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) e Dindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon).

As aulas da segunda etapa do Projeto começam em 02 de fevereiro do próximo ano. As matrículas já estão abertas. Mais informações: 2332-1036

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