A Universidade Federal Rural do Semi-Árido chega à reta final de 2014 fortalecendo sua política de patentes.
Somente neste ano, 9 pedidos de registro de software e mais dois de inventos já estão em andamento com processo interno de avaliação. Desse total, quatro são em parceria com a Universidade Federal do RN – UFRN.
Uma delas é o Sistema Magnético Polimerizado Destinado à Vetorização de Antimicrobianos Conjugados para Tratamento de Infecções por Helicobacter Pylori, do grupo de pesquisa de Magnetismo e Materiais Magnéticos (GMMM), que sob a coordenação do professor Artur Carriço (UFRN) aglomera 13 pesquisadores de diferentes áreas e instituições do estado: Ufersa, Ufrn e Uern. O presente pedido de patente é o centésimo da Ufrn e tem o apoio do CNPq, da CAPES e da FAPERN.
O professor Gustavo Rebouças é do Departamento de Ciências Exatas, Tecnológicas e Humanas – DCETH da Ufersa Campus Angicos e no momento cursa pós-doutorado na Ufrn, cuja presente patente integra uma de suas linhas de pesquisa. Ele explica o papel do seu trabalho no grupo: “trabalhamos dentre outras coisas com a descrição das partículas magnéticas que receberam a associação de dois fármacos – amoxicilina e claritromicina. Desse modo, a partícula juntamente com o fármaco poderá ser guiada por um campo magnético externo até o local da infecção”, detalha.
Essa fórmula mencionada por ele deverá ser utilizada para atuar diretamente no local da infecção por H. Pylori, uma bactéria que infecta grande parte da população ao se inserir no estômago e no duodeno causando, por exemplo, gastrite e úlcera, além de ser um agente carcinogênico em potencial. A expectativa do grupo é que a nova fórmula traga mais comodidade e menos efeitos colaterais aos pacientes em tratamento para eliminação dessa bactéria, uma vez que há a possibilidade de concentrar os princípios ativos em uma dose única e com quantidade medicamento inferior à do tratamento convencional.
A notícia do pedido de patente foi bem recebida pela Ufersa, sobretudo pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), setor da Universidade que atua como intermediário entre os pedidos e o Instituto responsável pela concessão das patentes. “O primeiro passo é solicitação interna dos pedidos. Em seguida encaminhamos para o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) que é o órgão federativo responsável pela concessão”, explica o professor Márcio Furukava, coordenador do NIT/Ufersa.
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