Por Flávio Rezende*
Abro este presente escrito informando a meus queridos leitores que minhas opiniões expressas nestas linhas que costumo produzir, geralmente não são baseadas em pesquisas e nem em coisas profundas.
Sempre fui muito intuitivo e, o que faço aqui, é apenas tornar público aquelas matutadas que todos nós costumamos ter das coisas da vida, compartilhando o ângulo que tenho dos fatos, nunca tencionando passar que estou com a razão, mas, não deixando de opinar, pois considero saudável este lado do ser humano de mostrar a maneira como vivencia as coisas da vida.
Quem externaliza desta maneira suas observações, corre o risco de ser contestado e até de ler coisas bem pesadas, além de alguns que ficam brabos e pedem para que não envie mais meus textos.
Nada disso tem problemas, tudo que escrevi até hoje não me rendeu nenhuma prisão, nenhum processo e, procuro educadamente entender determinadas posições contrárias, tendo até alguns que condenaram minha liberdade de expressar opinião.
Os maiores problemas ocorrem quando toco na importância dos militares ajudarem os civis na questão da segurança interna e, quando deixo transparecer carinho com gurus indianos e certa familiaridade com o hinduísmo. Alguns leitores muito ligados aos dogmas cristãos chegam a dizer coisas nem um pouco evangélicas quando leem linhas que não batem muito com suas crenças pessoais.
Tive ainda problemas quando escrevi sobre o tom a mais que damos a nossa alegria por ocasião das fotos que tiramos em eventos diversos, principalmente quando as colunas sociais publicam muitas películas com estas alegrias mais exaltadas, causando incômodo em algumas pessoas. Era na verdade uma reflexão mais pessoal que uma crítica às colunas e/ou colunistas, mas, teve reação, principalmente de uma colunista do interior, que pediu para não enviar mais nada que ela não publicaria, afirmando que sempre divulgava tudo que eu mandava, mas que agora, não abriria mais espaço para meu trabalho de assessoria de imprensa por causa do artigo. Paciência, uma jornalista não aceitar a exposição da uma opinião de um colega, é melhor que fique com seu espaço sem minhas informações.
Bem, o começo contém um assunto, mas o artigo termina com outro, tendo apenas introduzido a questão acima, para reforçar que o que vou aqui colocar, não tem base em nenhuma tese, que não seja minha própria vivência.
Tenho observado que as pessoas e empresários valorizam muito o ensino e os alunos que são formados nas universidades federais, chamadas de públicas. O mesmo não acontece quando a pessoa vem de uma privada. Quando a origem é uma universidade federal, elogia-se, confia-se na formação daquele sujeito. Quando a pessoa diz que foi diplomada por uma entidade acadêmica privada, ficamos logo desconfiando e internamente pensando: pagou/passou.
O interessante é que o ensino público até a universidade é um fiasco, já o superior, é um primor. O contrário acontece no privado, com ensino altamente elogiado até a universidade e, no mais alto nível, muita desconfiança.
Pensei isso lendo o artigo de uma professora sobre o Enem, onde ela dizia que os candidatos queriam na verdade era o acesso gratuito a um ensino reconhecido e que, uma vez formados em universidades públicas, conseguiriam com mais facilidade realizar seus sonhos de acesso a empregos mais saudáveis em todos os sentidos.
De fato, trabalho numa universidade pública e sinto muito otimismo e bem estar dentro dela, já nas privadas, ronda certo clima de relação de forças, não sei, o tema nos remete a várias reflexões, mas, num mar de incompetência muito presente em vários setores do serviço público é no mínimo reconfortante saber que uma das ilhas de excelência, é justamente um dos setores importantes da vida nacional, o ensino superior.
Só nos resta torcer para que isso também possa descer e contaminar, no bom sentido, os demais níveis, elevando assim a aura nacional e engrandecendo seu povo, pelo que temos de mais sublime, a informação que ilumina a inteligência e obscurece a ignorância.
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