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segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Presidente da CNA convida importadores e autoridades chinesas para visitarem o Brasil



Importadores chineses de produtos agropecuários integrarão a missão de técnicos da Administração Geral de Supervisão de Qualidade, Inspeção e Quarentena (AQSIQ) da China, que visitará o Brasil até o primeiro semestre de 2013, provavelmente em fevereiro. O convite foi feito pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, e os presidentes das Federações de Agricultura do RN, José Álvares Vieira, e do Amazonas, Muni Lourenço, ao vice-ministro Wei Chuanzhong, durante encontro na sede da AQSIQ, em Pequim, nesta terça-feira.

A reunião realizada é o segundo encontro entre os dois líderes. O primeiro ocorreu em abril deste ano, quando uma comitiva da CNA, liderada pela senadora Kátia Abreu, esteve na China. O objetivo é que o contato estreito entre a AQSIQ e a CNA signifique mais negócios para o Brasil. A AQSIQ tem status de ministério e é responsável pelos padrões e fiscalizações sanitários na China.

“Meu sonho é que cada chinês tome uma xícara de café. Se assim fosse, faltaria espaço para plantar no Brasil”, comentou a presidente da CNA. Ela aposta, inicialmente, no comércio de três produtos agrícolas brasileiros para o mercado chinês: além do café, entram na lista a carne e o suco de laranja. “A elevação de renda dos chineses levará naturalmente ao aumento do consumo de café e de suco de laranja”, avaliou Wei.  Produtos oriundos da silvicultura - o que inclui papel e celulose – também são considerados pela senadora Kátia Abreu como de grande potencial.

Universo de negócios nada desprezível

O vice-ministro confirmou a visita de autoridades da AQSIQ ao Brasil para o próximo ano, em uma missão de caráter técnico. O objetivo da viagem, informou, é dar continuidade à política de cooperação entre os dois países. Este é um dos primeiros resultados efetivos da implantação do escritório da CNA em Pequim, cuja inauguração ocorre hoje, quarta-feira (14/11). “A presença da CNA em solo chinês é fundamental para ampliar a confiança entre chineses e brasileiros, num universo de negócios nada desprezível”, confirmou o presidente da Faern, José Vieira.

Só em grãos de soja, foram exportadas 22,1 milhões de toneladas do Brasil para a China em 2011. O produto é o principal da pauta agrícola brasileira. O objetivo da CNA é diversificar esse pacote, fortalecendo a marca Brasil, num mercado onde a renda da população é crescente. Só a classe média, grupo cujas projeções mais conservadoras estimam em 250 milhões e as mais otimistas em quase 400 milhões, deve ter um incremento de outros 250 milhões de chineses até 2015. Mais de um Brasil emergindo à classe consumidora em apenas três anos.

 Para consolidar e ampliar esse mercado, o Brasil conta com uma ferramenta importante. A Plataforma de Gestão Agropecuária (PGA), apresentada pela senadora Kátia Abreu ao vice-ministro chinês, reúne, eletronicamente, informações sobre a pecuária de corte, mas outros produtos poderão ser incluídos, elevando o nível de confiabilidade dos produtos brasileiros.

Escritório – O escritório da CNA na China fica no  Centro de Negócios da Apex-Brasil na China - room 1303-1305, Office Tower I, China Central Place, 81 Jianguo Road, Chao Yang District, Pequim.(Paulo Correia).

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