Rossini fará estudos para a montagem de sua exposição que acontecerá em 2013
O Rio Grande do Norte está tendo o privilégio de receber, do dia 01 ao dia 11 de novembro, a presença do grande mestre da gravura, Rossini Perez, que vem ao Estado para fazer um estudo in loco das salas de exposição da Pinacoteca do Estado, a convite da Secretaria Extraordinária de Cultura e da Fundação José Augusto (Secultrn/FJA), para escolher a que terá o inenarrável deleite de receber suas obras na exposição que acontecerá ainda no primeiro semestre de 2013. Ele ainda fará visitas à Macaíba e doações de algumas de suas obras à Pinacoteca.
Rossini Perez é considerado um verdadeiro mestre na arte da gravura, contemplando trabalhos nas técnicas da xilogravura, linóleo, serigrafia, gravura em metal e algumas litografias inéditas. Todas com traços, cores e texturas impressionantes e predominantemente abstratas, suas obras correm o mundo e são destaques no cenário internacional.
Natural de Macaíba, nascido em 1932, Rossini se mudou para o Rio de Janeiro em 1943 e nesta cidade teve seu trabalho consagrado e ganhou notoriedade artística. Sua formação começou na década de 50, em cursos livres de pintura, desenho e gravura com nomes consagrados, entre os quais se destaca Iberê Camargo. Quando, em 1958, a Sociedade Os Amigos da Gravura realiza a primeira grande tiragem de sua obra “Morro”, a carreira de Rossini começa a deslanchar, chegando inclusive a ganhar o público e crítica internacional.
Além de ter morado na Europa e aperfeiçoado sua técnica no continente, o artista participou de mais de onze bienais internacionais, incluindo a de Veneza, viajou o mundo com mostras individuais e coletivas e lecionou em escolas de artes. Além de ter implantado as oficinas de gravura em metal do Instituto Brasil-Bolívia de La Paz (Bolívia), do Instituto de Artes de Dakar (Senegal) e do Centro de Criatividade da Fundação Cultural do Distrito Federal.
No Brasil, destaca-se o período em que deu aulas no Ateliê de Gravura do Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro (MAM/RJ). Também, como fotógrafo, Perez documentou as transformações da cidade do Rio de Janeiro resultantes de intervenções urbanas, como as obras para a construção do metrô. Registrou estatuária e detalhes da arquitetura carioca em muitas edificações mais tarde demolidas. Sua obra é composta por cerca de 7,5 mil imagens.
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