O Programa Estadual de Controle da Dengue, da Secretaria de Estado da
Saúde Pública (Sesap) divulgou, no último boletim epidemiológico,
nesta terça feira (20), que foram notificados no Estado do Rio Grande
do Norte, até o dia 10 agosto de 2013, 14.666 casos de dengue, destes
4.984 foram confirmados.
Dos casos confirmados, 4.919 são do tipo clássico da doença, 33 são de
dengue com complicação e 32 com febre hemorrágica. Foram registrados
ainda seis óbitos, três por febre hemorrágica e três por dengue com
complicação. De acordo com o boletim da Sesap, no mesmo período em
2012, foram confirmados 12.278 casos e oito óbitos. “Fazendo um
comparativo, houve uma redução significativa”, destaca Silvia Dinara
do Nascimento Alves, responsável técnica pelo Programa Estadual de
Controle da Dengue.
Os dados divulgados pela Coordenação do Programa Estadual de Controle
da Dengue indicam ainda que os municípios com maior número de
notificações são Natal (1.677), Parnamirim (1.087), Pau dos Ferros
(1.275), Santa Cruz (818), Currais Novos (693), Caicó (607) e Parelhas
(515). Enquanto que Almino Afonso, Antônio Martins, Baia Formosa,
Carnaubais, Galinhos, Jandaira, João Dias, Monte das Gameleiras,
Parau, Rio do Fogo, Serra de São Bento, Tibau do Sul, Viçosa e Vila
Flor não apresentaram notificações no período.
Com relação ao Índice de Infestação Predial (IIP), que é a relação
expressa em porcentagem entre o número de imóveis pesquisados e o
número de imóveis que apresentaram depósitos com larvas do Aedes
aegypti (transmissor da dengue). Silvia Dinara alerta que dos 167
municípios do estado, 36 estão com o IIP satisfatório, 49 em alerta,
63 em risco e 19 não informaram. “Mesmo com um número de casos
confirmados sendo menor que em 2012, os municípios devem permanecer em
alerta. Por isso a população, os profissionais de saúde e gestores
precisam redobrar os cuidados para o controle da proliferação do Aedes
aegypti”, enfatizou.
Silvia Dinara lembra que “para se reproduzir, o mosquito utiliza
recipientes como garrafas, embalagens descartáveis, latas, pneus,
plásticos, entre outros. Esses recipientes são encontrados a céu
aberto, nos quintais das casas, em terrenos baldios e nas ruas. É
preciso manter o lixo bem armazenado, limpar os terrenos baldios,
manter caixas d’ água fechadas, tonéis e tanques que armazenem água
tampados, tratar a água das piscinas quando existir no imóvel, limpar
as calhas e lajes das casas”.
A Sesap tem trabalhado junto aos municípios através do repasse de
inseticidas e larvicidas e realizando supervisões e assessoria das
atividades de controle da dengue. Só em 2013, o Programa Estadual de
Controle da Dengue já realizou operações com carros fumacês em 33
municípios, além disso, promoveu a capacitação em manejo clínico, com
o objetivo de atualizar os conhecimentos dos profissionais de saúde e
melhorar a qualidade da assistência prestada ao paciente com dengue,
na 4ª e 6ª regiões de saúde, e já tem uma capacitação programada para
acontecer na 2ª região de saúde no mês de outubro deste ano. Também
vem capacitando as regionais de saúde e os municípios da Grande Natal
para implantação do novo sistema de informação de dengue o SisPNCD que
deverá estar em funcionamento em todo o Estado até dezembro de 2013.
Sintomas da dengue
A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus que possui
quatro variações classificadas como: DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4, que
é transmitido ao homem através do mosquito Aedes aegypti. Para Silvia
Dinara é importante ficar atento aos sintomas para diferenciar a
dengue de outras viroses. “São casos suspeitos de dengue todo paciente
com febre com duração máxima de sete dias, acompanhada de pelo menos
dois dos seguintes sintomas: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dor
no corpo e nas juntas, fraqueza ou manchas vermelhas pelo corpo. Ao
observar esses indícios as pessoas devem procurar as unidades básicas
de saúde, pois a dengue é uma doença dinâmica e algumas pessoas podem
desenvolver formas graves da doença. Todo caso suspeito de dengue deve
ser notificado à Vigilância Epidemiológica, sendo imediata a
notificação das formas graves” - orienta.
A dengue ainda não tem vacina e não existe medicação específica. A
doença é tratada com repouso, hidratação e o uso de medicações para os
sintomas como analgésicos (remédios para aliviar a dor) e antitérmicos
(para diminuir a febre). No entanto, nunca se deve tomar medicamentos
sem orientação médica.
Programa Estadual de Controle da Dengue, os telefones são (84)
3232-2598 ou 8873-2069 (Silvia Dinara).
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