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quinta-feira, 26 de setembro de 2013

O Céu acampado em Extremoz


O espetáculo Auto da Aldeia do Guajiru, a Batalha de São Miguel revive a realidade e a lenda em cenário mítico   

Neste domingo, 29, às 20h30, a peça Auto da Aldeia do Guajiru, a Batalha de São Miguel, com texto e direção de Ricardo Veriano, revive a realidade e a lenda da História de Extremoz em cenário mítico entre as ruínas da mais antiga Igreja Jesuíta do Rio Grande do Norte, no Centro antigo da cidade, com cerca de 150 atores, a maioria formada por habitantes do município. O evento, que já faz parte do calendário cultural do estado e vem ao longo tempo se consolidando e atraindo centenas de visitantes. Nesta 5ª edição ele está sendo especialmente preparado pela Prefeitura de Extremoz, por meio da Fundação de Cultura Aldeia de Guajiru.

O espetáculo começa com um cortejo ditirâmbico de recepção entre atores e platéia. Em seguida é encenado o ato de Roma, do século XVI, que envia para as terras do Guajiru os soldados de Cristo da Companhia de Jesus. Depois vem a Ode a Lagoa de Extremoz, com o “Balé das Águas”. Após a dança, o cego Dedé do Araçá conta toda a História, material e imaterial do Guajiru, incluindo a catequização – Jesuítas e índios ‐ passatempo indígena – a dança e outros hábitos, depois vem os negros escravos presentes no Guajiru, a expulsão dos Jesuítas soldados de Cristo, a lenda do carro de boi caído, ou o sino desaparecido e o português degredado como modelo social de família mambembe em Extremoz.

A peça continua com o “Coro do bem Ângelus versus Sombra do Mal Demus”, seguido da grande Batalha que submeteu a ‘cobra da lagoa’ ao julgo de São Miguel e por fim “O céu acampado em Extremoz”, terminando com show pirotécnico.

Ambiente

O ambiente traz uma dosagem de realidade à cena da chegada dos jesuítas à Vila de Extremoz, assim como configura um cenário grandioso para as outras cenas, que contam o convívio entre índios, europeus e negros naqueles tempos coloniais.

O Auto da Aldeia do Guajiru, a Batalha de São Miguel é encenada desde setembro de 2009, sendo, ao longo do tempo, fruto de um processo contínuo de discussões coletivas públicas, estudos e outras ações conjuntas da cidade de Extremoz e seus distritos. A identidade cultural da cidade flui através do teatro e suas linguagens, recheadas de novas interpretações a favor ou contra a História oficial dos seus autores, os vencedores, que contaram a história corrente em detrimento dos seus atores: o índio, o português e o negro. (LS).

Serviço

Auto da Aldeia do Guajiru, a Batalha de São Miguel
Domingo, 29 de setembro de 2013, às 20h30.
Ruínas da antiga Igreja Jesuíta, Centro antigo de Extremoz
Entrada: gratuito
Mais informações: Leda Medeiros – 3279 – 2872 / 8801 – 1608.

Fotos: Edição de 2012 / LeoSodré.














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