Um dia desses li um artigo de um psicólogo explicando a escala de Kinsey, (entomologista dos USA), no qual descreve o comportamento sexual humano ao longo do tempo e em seus episódios em um determinado momento, numa escala que começa em 0, que seria um comportamento exclusivamente heterossexual à 6, sendo este último número um comportamento exclusivamente homossexual , e os números que permeiam a escala uma gradação de tolerância.
Há diversas formas de a sexualidade afluir nas pessoas, comumente nos grandes centros urbanos ocidentais, onde a sociedade é mais plural, é natural que as minorias se aglutinem e tenham mais espaço para expressar seus desejos e fantasias.
O que seria de J. Edgar Hoover, diretor do F.B.I e apontado como cross-dressing . (Pessoa que usa vestes e aparatos do sexo oposto), se ao invés de morar em Washington D.C, vivesse na utópica Saramandaia, seria prontamente destituído do cargo e expulso da cidade, isso se antes, Zeca Diabo não desse cabo do mesmo.
Comum, comum, não é, mas também não é raro encontrar pessoas que algumas vezes praticam cross-dressing.
No carnaval de Olinda, no domingo imediatamente anterior ao sábado de Zé Pereira, há o desfile das Virgens de Olinda, um Magnífico desfile pelas ruas da cidade quadricentenária, com homens vestidos e travestidos de mulher, e em sua maioria são homens casados, que muitas vezes usam trajes de muito luxo feitos com bastante antecedência, quase sempre com a anuência da esposa, na verdade é uma grande farra, mas não deixa de depor a favor da libido que se encerra lá no ímo.
Diferentemente dos Amigos que se beijam cordialmente quando se encontram, num gesto de afeição e carinho; o cross-dressing introjeta no praticante todo o glamour que ele vislumbra no sexo oposto sem que necessariamente seja o desejo dele assumir aquela identidade indefinidamente.
Há um feeling pessoal em relação a tudo que faz bem a mente e ao corpo, julgar preferências alheias é dar espaço para que se ponham em xeque suas convicções.
É necessário porém, atentar para os extremismos; a água não fura a rocha na primeira onda e nem o sorvete se acaba na primeira lambida.
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