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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012
Projeto de Agripino regulamenta empresas juniores no Brasil
Hoje, no Brasil, existem quase 1,2 mil associações desse tipo, que realizam mais de 2 mil projetos por ano.
Com o objetivo de aprimorar o conhecimento acadêmico dos jovens e fortalecer o empreendedorismo no Brasil, o senador José Agripino (RN) apresentou projeto de lei (PLS 437/2012) que disciplina a criação e organização das empresas juniores no país. Conhecidas como associações civis, sem fins lucrativos, constituídas exclusivamente por alunos das mais diversas áreas da graduação de instituições de ensino superior, as empresas juniores possuem como meta estimular o espírito empreendedor e promover o desenvolvimento técnico, acadêmico, pessoal e profissional dos estudantes.
“Essas associações propiciam o preparo acadêmico e a experiência profissional, de maneira a fortalecer o empreendedorismo, proporcionando a integração das instituições de ensino superior com a empresa e a sociedade e, assim, capacitando os alunos de graduação para o mercado de trabalho de maneira mais competitiva”, explicou o autor do projeto, que também é líder do Democratas no Senado. O parlamentar garantiu que a aprovação dessa matéria será um de seus principais objetivos para o ano de 2013. Atualmente o projeto aguarda relatoria na Comissão de Educação.
Hoje, no Brasil, existem quase 1,2 mil empresas juniores, que realizam mais de 2 mil projetos por ano. São mais de 27 mil universitários espalhados pelo país. O projeto recebeu o apoio da Confederação Brasileira de Empresas Juniores, a Brasil Júnior, que representa 14 federações do setor e está presente em 13 estados brasileiros e no Distrito Federal. Representantes da associação estiveram com o líder do Democratas nessa terça-feira (18) e elogiaram a iniciativa do parlamentar.
“Já era interesse da Brasil Junior conquistar a regulamentação das empresas juniores porque isso vai acarretar em consequências positivas, como a segurança jurídica e o fortalecimento do empreendedorismo”, disse a atual presidente da Brasil Junior, Ana Paula Pereira. O futuro presidente da associação, Marcus Barão, que assume o mandato no ano que vem, garantiu que conversará com outros parlamentares sobre a importância do projeto. “Esse será um foco, essa integração com o Senado será muito importante para avançar na regulamentação que a gente tanto precisa”.
As empresas juniores surgiram no país em 1987, depois de uma convocação da Câmara de Comércio França-Brasil. De lá para cá foram criadas dezenas de entidades com esse perfil nas mais diversas áreas de aprendizado de nível superior. Por meio da vivência empresarial, essas empresas oferecem serviços de qualidade a um custo baixo para empresas, entidades e para a sociedade em geral, sob a supervisão de professores e profissionais especializados.
Conheça o projeto
Segundo o projeto do senador José Agripino, as empresas juniores são associações educacionais, sem fins lucrativos, que devem ser acompanhadas por professores da instituição superior ou profissionais habilitados que supervisionem as atividades. Podem exercer consultoria e assessoria a empresários e empreendedores; promover o desenvolvimento econômico e social da comunidade.
De acordo com a matéria, a renda obtida com os projetos e serviços prestados pelas empresas juniores nos seus respectivos segmentos de atuação deverá ser reinvestida na atividade educacional de associação. “A criação e organização dessas associações carecem de regulamentação, por isso propus esse projeto de lei com o intuito de aperfeiçoar e fortalecer a existência das empresas juniores”, explicou o senador potiguar.
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