Dona Maria Eunice (75), moradora do bairro Nossa Senhora da Apresentação, até 2010 pagava R$ 30 de IPTU. Do ano passado pra cá, o valor cresceu assustadoramente. Em 2011, a aposentada pagou R$ 280 e este ano a conta foi a mesma. O aumento de quase 110% pesou no orçamento da família que sobrevive de uma aposentadoria. “Vamos revisar a política tributária de Natal e recadastrar todos os imóveis para estabelecer valores mais justos. A população carente não pode ser tão prejudicada”, enfatiza Hermano Morais.
Natal possui hoje cerca de 240 mil contribuintes ativos. São pessoas que todos os anos pagam o IPTU, imposto que tem como base de cálculo o valor de mercado do imóvel, levando em consideração reformas e ampliações. Uma casa de 60 metros que após reforma passa para 120, o seu valor que era R$ 25 mil sobe para R$ 50 mil. Automaticamente, o desconto que era de 75% passa para apenas 25%. “Vamos mudar esse parâmetro. Vamos estabelecer novas variáveis para cobrar a quem de direito e acabar com essas distorções e injustiças”, assegura Hermano.
Foto: Claudio Abdon
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