O debate que vale um
DEBATE
DEBATE
O chamado “1º Debate Político Paroquial”, foi realizado neste domingo, 26, e iniciado por volta das 09h40, quando estava previsto para começar às 09h, por iniciativa do padre João Pedro Sobrinho Filho, com os candidatos a prefeito de Extremoz. O evento vale, sem nenhuma dúvida, para ser avaliado enquanto “debate”.
Na verdade, não houve um debate e sim, e apenas, exposições de idéias entre os candidatos. Diga-se de passagem, muito educados entre si, o que não provocou nenhum estresse ao mediador, o jornalista Luiz Antonio Rocha. Aliás, se essa tiver sido sua estréia nesta área, o evento soará positivamente para sempre na sua lembrança.
Depois de um longo pronunciamento usando o estilo homilético (do grego homiletikos), que significa a aplicação da retórica na pregação pública, o padre organizador permitiu o início do debate.
A regra que não valeu
Ela estabelecia que perguntas de pessoas da sociedade de Extremoz deveriam ser identificadas. Ou seja, qualquer morador que fizesse qualquer pergunta, a qualquer candidato, e elas eram escolhidas por sorteio, deveria constar a identificação de quem inquirisse.
A regra não valeu para a organização do “debate” sob a alegação de que as pessoas teriam medo de retaliações dos “poderosos” candidatos, que poderiam persegui-las por causa de alguma pergunta que incomodasse.
Ora, mas se escolha da pergunta era por sorteio, o cidadão que teve o privilégio de formular uma delas não saberia qual candidato iria responder, para depois ser perseguido por um algoz fugidio da sociedade, ao longo da vida.
As assessorias jurídicas dos candidatos não quiseram criar nenhum entrave e o “debate” continuou sob a surpreendente explicação do diácono Aldo Rocha de Oliveira de que a decisão da comissão organizadora do “debate” havia decidido não revelar os nomes das pessoas que elaboraram perguntas para respeitar a liberdade de imprensa, “porque os cidadãos têm medo de se identificar”, disse ele.
Foi a primeira vez na História do Brasil que a “liberdade de imprensa” não se aplicou verdadeiramente a imprensa, mas ao povo, que já tem sua liberdade assegurada na Constituição Federal.
Melhor para Extremoz, que tem agora, sob a égide do pensamento do diácono uma população inteira formada por jornalistas.
Turismo
Indagado sobre a questão do turismo, o candidato Klauss Rêgo disse que sua preocupação com o setor era grande. “Estamos organizando as comunidades. Temos uma grande identidade nesse setor e temos que caminhar juntamente com elas. Estamos valorizando o turismo em várias vertentes, inclusive no artesanato.” Disse.
Ele também discorreu sobre a questão da urbanização das praias do município e sobre a qualificação profissional por meio do Prodetur e também sobre a Escola Técnica (IFRN), em vias de ser construída no município de Extremoz. “Com o Prodetur e a IFRN vamos ter profissionais qualificados na área do turismo. Vamos organizar tudo, inclusive as barracas de Pitangui”, prometeu.
Sobre a questão da limpeza pública o prefeito disse que todo lixo recolhido de Extremoz era levado para Ceará - Mirim, lembrando que iria promover, à partir de 2013, o saneamento de todo o município de Extremoz. “O Governo Federal está à espera de projetos de saneamento e nós saímos na frente, para não perder a oportunidade. Também, vamos calçar todo o município”, revelou, fazendo menção ao seu projeto “Poeira Zero”.
Auxiliares
Indagado por um dos candidatos sobre a questão de ter auxiliares de fora de Extremoz, o prefeito justificou e foi entendido, até porque também tem vários auxiliares que são filhos da terra.
“Extremoz precisava de ajuda e não tínhamos tempo. Lembro que todos os outros funcionários da Prefeitura de Extremoz são daqui e que investimos forte na valorização funcional, inclusive com a instituição do Plano de Cargos e Salários e um aumento, que ninguém esperava, de 10%”.
Sobre as oportunidades do mercado de trabalho o prefeito lamentou: “O meu povo tem competência, o que falta são as oportunidades porque por aqui não existem indústrias”, disse, complementando que estava trabalhando para atrair investimentos externos para Extremoz.
Ficha Suja
Voltando-se a questão da “ficha limpa”, o prefeito perguntou ao candidato Gileno Guanabara, seu vice-prefeito, o que ele achava de candidato “ficha suja” que se candidata a prefeito por meio da imposição de uma liminar na Justiça.
O petista fugiu da pergunta, enquanto falava sobre sua própria honestidade, mas terminou se referindo ao ex-prefeito Enilton Batista como réu em processos de improbidade administrativa, mas que ele deveria ser beneficiado pela ampla defesa. Ele conseguiu caracterizar neste momento o viés do debate, formada por quatro candidatos contra Klauss Rêgo.
Um exagero, que toda a cidade já pressentia
Mas, sem o efeito político e eleitoral que eles, os candidatos da oposição, auguravam, era de se esperar a falta crônica de propostas dos “quatro da oposição”, cuja criatividade está apenas na preocupação com a campanha de Klauss, sentado à mesa na esquina da fila da esquerda, enquanto Batista foi colocado no centro pela organização evento, sob a alegação de sorteio não presenciado pelos candidatos.
Klauss também falou sobre a transparência do dinheiro público por meio do Diário Oficial do Município e também por “outdoor” na entrada da cidade com a prestação de contas da prefeitura, enquanto o candidato Batista fugia sistematicamente de algumas perguntas de outros candidatos, menos do prefeito Klauss Rêgo, que, consoante as regras, preferiu não inquiri-lo. “Eu e o povo de Extremoz conhecemos de longe o seu discurso”, sorriu Klauss.
Nas considerações finais Klauss fez um balanço de suas iniciativas em favor do município e dos projetos que pretende desenvolver a partir do segundo mandato, lembrando, que enquanto candidato não estava ausente da administração de Extremoz, que ele quer ver cada vez mais forte. Ele estava acompanhado da esposa, Renata, dos filhos e da sua mãe. (LS).
Fotos: Canindé Santos.
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