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quinta-feira, 25 de setembro de 2014

O Céu volta a acampar em Extremoz








O Auto da Aldeia do Guajiru ou a Batalha de São Miguel reúne cerca de 150 atores nas ruínas da mais antiga Igreja Jesuíta do Rio Grande do Norte

            Nesta segunda-feira, 29, às 21h, o espetáculo Auto da Aldeia do Guajiru ou a Batalha de São Miguel será novamente encenado nas Ruínas da mais antiga Igreja Jesuíta do Rio Grande do Norte, produzido pela Fundação de Cultura Aldeia do Guajiru e dirigido pelo dramaturgo Ricardo Veriano Fernandes, que reune cerca de 150 atores, a maioria, habitantes do município.

            “Há um preconceito histórico em relação à cultura. Hoje ela não é mais secundária diante de necessidades sociais maiores. Esse preconceito não mais se sustenta, é diariamente desmoralizado pelo fato de que a cultura em nossa Extremoz tem força emergente com grande potencial de expansão. Aqui a tratamos como fome que deve ser saciada, banida, eximida, violada”, escreveu o prefeito de Extremoz, Klauss Rêgo.

            Essa valorização da cultura em Extremoz é secundada pela observação da presidente da presidente da Fundação de Cultura Aldeia do Guajiru, Valdelêda Medeiros de França: “A peça o mostra o sucesso de iniciativa em que a cultura é valorizada como fato dinamizador de processos socioculturais, transformando vidas e realidades ao associar à sua construção, além de fatores estéticos, arte, História, religião e educação”, observou.

Padroeiros e padroeiras...

            “Além do padroeiro oficial da cidade, São Miguel Arcanjo, existem mais 20 padroeiros. Então pensei: é o Céu acampado em Extremoz, daí o ato mais significativo depois da vitória de São Miguel Arcanjo e que encerra o espetáculo, com a apresentação de todos os padroeiros e padroeiras”, ressaltou o diretor da peça, Ricardo Veriano. “Os ‘novos’ locais cênicos nos proporcionam comtemplar outros lugares onde a cena possa ser útil a arquitetura e vice-versa, numa simbiose sempre em ação. As ruínas, hoje local de visita turística, abrigam, como os medievais adros das Igrejas, trupes em verves artísticas, que ora dançam, bailam, cantam, recitam, apresentam no bojo da estética dos autos, transformando pessoas do convívio comum em atores, bailarinos, técnicos e, sobretudo, em espectadores ansiosos por terem chances de serem agentes culturais em seu ambiente”, concluiu o diretor.

            A batalha de São Miguel Arcanjo contra o mal é narrada por personagens da cidade e termina com a vitória do santo lutador e com uma grande festa no Céu, que reúne santos padroeiros de todos os distritos de Extremoz. O Auto da Aldeia do Guajiru, a Batalha de São Miguel é encenada desde setembro de 2009, sendo, ao longo do tempo, fruto de um processo contínuo de discussões coletivas públicas, estudos e outras ações conjuntas da cidade de Extremoz e seus distritos. (LS).

Fotos: Internet.

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