Fotos: Denys Cleber
O último dia da Festa do Padroeiro de Extremoz, São Miguel Arcanjo teve várias atividades. Começou no final da tarde desta segunda-feira, 29, com uma procissão que terminou na Matriz no Centro Antigo de Extremoz, onde o prefeito e o padre João Pedro contemplaram a estátua de São Miguel, doado pelo chefe do executivo.
Em seguida houve a missa solene com a presença de centenas de pessoas que acompanharam a procissão e outras que já aguardavam a chegada da comitiva religiosa. O prefeito falou sobre a presença de São Miguel Arcanjo no município e renovou seus votos de casamento com a primeira dama, Renata Rêgo.
Às 21h15 o prefeito abriu o espetáculo Auto da Aldeia do Guajiru ou a Batalha de São Miguel que reunião uma multidão nas Ruínas de Extremoz. “Desde 2009 ocorre este espetáculo, que reúne mais de 150 atores, a maioria do município. Eu costumo dizer que neste dia 29 de setembro – a peça é sempre apresentada nesta data – o Céu acampa em Extremoz!” Comemorou, passando a palavra ao padre João Pedro, que abençoou os atores e os espectadores.
Veriano
Produzido pela Fundação de Cultura Aldeia do Guajiru, a peça é dirigida pelo dramaturgo Ricardo Veriano Fernandes, que ao longo dos anos tem buscado no bojo das cenas mostrar o processo de evolução cultural de Extremoz, que a rigor é mostrado durante todos os atos encenados.
A peça, que revive a realidade e a lenda da História de Extremoz, começou com um cortejo ditirâmbico de recepção entre atores e plateia. Em seguida foi encenado o ato de Roma, do século XVI, que envia para as terras do Guajiru os soldados de Cristo da Companhia de Jesus.
Depois veio a Ode a Lagoa de Extremoz, com o Balé das Águas. O cego Dedé do Araçá, sempre no palco, contava toda a História, material e imaterial do Guajiru, incluindo a catequização, depois vieram outros atos, a lenda do carro de boi caído, ou o sino desaparecido e o português degredado como modelo social de família mambembe em Extremoz. O Coro do bem Ângelus versus Sombra do Mal 'Demus', A grande Batalha que submeteu a cobra da lagoa ao julgo de São Miguel e por fim O céu acampado em Extremoz, terminando com show pirotécnico.
Ambiente
A encenação traz cenas quase reais com um cenário grandioso e que contam o convívio entre índios, europeus e negros naqueles tempos coloniais. O Auto da Aldeia do Guajiru ou a Batalha de São Miguel revela a identidade cultural da cidade, que flui por meio do teatro e suas linguagens, recheadas de novas interpretações. (LS).
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