Indicativo de paralisação foi aprovado pela categoria nessa segunda
Os servidores do ITEP poderão retomar a greve já no primeiro mês de 2014. O indicativo de paralisação para o dia 13 de janeiro foi aprovado na noite dessa segunda-feira (16) pela categoria, que se reuniu em assembleia no auditório do SINPOL para discutir não apenas o descumprimento do acordo, pelo Governo, assim como medidas prejudiciais que demonstram o descaso com os serviços prestados no órgão: com o corte de plantões, escalas de várias áreas estão descobertas.
“Não houve encaminhamento da Lei Orgânica e Estatuto para a Assembleia Legislativa, muito embora o Estado tivesse assumido junto ao Governo Federal, na própria matriz de responsabilidade do ‘Brasil mais Seguro’ que faria isso até o dia 15 passado. Os servidores receberam essa notícia com muita indignação, já que a casa parlamentar está entrando em recesso”, observou o presidente do SINPOL, Djair Oliveira.
ENTENDA
Com o pequeno efetivo técnico-especializado e com a adoção de apenas sete plantões de 24 horas por servidor, vários setores estão sem atendimento durante vários dias de cada mês. A suspensão de alguns serviços inadiáveis prejudicará sobremaneira a solução de crimes graves. Deixarão de ser feitos, por até 10 dias do mês, exames de conjunção carnal (ligados aos crimes sexuais) corpo de delito e flagrantes de entorpecentes. Com isso, bandidos não poderão permanecer presos, por falta da constatação do crime.
As necrópsias também estão prejudicadas. Em dezembro, são seis dias sem a realização dos exames e sem liberação dos corpos. Já o serviço de recolhimento de cadáver em local de crime, em Natal, ficará três dias totalmente parado. E o serviço de limpeza e desinfecção do necrotério do ITEP, na Ribeira, terá 24 dias em dezembro com as atividades suspensas, aumentando assim o já alto grau de insalubridade do local.
O problema não afeta só o ITEP em Natal, mas se estende a Mossoró e Caicó. A situação já é de conhecimento do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Administração e Recursos Humanos - SEARH, da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social - SESED e do Ministério Público, sem que, até o momento, qualquer medida tenha sido adotada.
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