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segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Audiência Pública discute projeto de terceirização no mercado de trabalho

Ao final das discussões do Projeto de Lei federal 4.330, que trata da contratação de terceirizados no mercado de trabalho e está para ser votado na Câmara dos Deputados, ficou a constatação que é necessária a regulamentação, mas que o projeto precisa ser modificado.
Durante a audiência pública realizada esta tarde na Assembleia Legislativa, numa propositura do deputado Kelps Lima (SOLIDARIEDADE), os debatedores manifestaram a preocupação de que a pretendida regulamentação do trabalho terceirizado anule direitos dos trabalhadores.
“É preciso respeitar a Constituição. Que venha a  regulamentação, mas inspiradas em duas premissas: máxima responsabilidade do empregador e o mínimo de autorização para contratação de terceirizados”, disse a presidente da Associação dos Magistrados do Trabalho – AMATRA, juíza Maria Rita.
Essa preocupação também foi manifestada por outros debatedores por entenderem que a terceirização  está na vida de milhões de trabalhadores, mas não há uma regulamentação. É preciso delimitar essa prestação de serviço. Garantir mais renda, mais emprego, como está no projeto,  na realidade é uma falácia. O projeto não traz aquela segurança ao trabalhador,  estabelecida pela Constituição brasileira.
No encerramento da audiência, o deputado Kelps Lima defendeu que é a discussão precisa acima de tudo do bom senso. Segundo ele, o  projeto tem que ser encarado como uma oportunidade de a terceirização ser regulamentada, sem imposição de  interesses escusos.
O Projeto de Lei 4330/2004 prevê a contratação de serviços terceirizados para qualquer atividade de determinada empresa, sem estabelecer limites ao tipo de serviço que pode ser alvo de terceirização. Atualmente, a Súmula 331 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que rege a terceirização no Brasil, proíbe a contratação para atividades-fim das empresas, mas não define o que pode ser considerado fim ou meio.

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