No próximo dia 27, comemora-se o Dia Nacional de Combate ao Câncer. Para lembrar a data, a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio da Subcoordenadoria de Ações de Saúde, chama a atenção para a importância da prevenção ao câncer de próstata, sobretudo neste momento no qual se realiza o Novembro Azul, uma campanha internacional de sensibilização para a saúde do homem, com destaque para a prevenção contra esse tipo de neoplasia.
No Brasil, o câncer de próstata é o 2º mais comum entre os homens, atrás apenas do câncer de pele não melanoma. Cerca de 62% dos casos são de indivíduos a partir dos 65 anos de idade, sendo sua incidência maior entre os negros (1,6 vezes mais comum entre os negros do que entre os brancos). São estimados para 2013, 60.180 casos novos de câncer da próstata, no país, com um risco de 62 casos novos a cada 100 mil homens. Já no Rio Grande do Norte, a estimativa para este ano é de 740 casos novos, com um risco de 47 casos novos a cada 100 mil homens. Em Natal, estimam-se 200 casos novos, com um risco de 52 casos novos a cada 100 mil homens.
No Brasil, o aumento da expectativa de vida – já que a idade é um fator de risco bem estabelecido para o desenvolvimento do câncer da próstata –, a melhoria e a evolução dos métodos diagnosticos e da qualidade dos sistemas de informação do país podem explicar o aumento das taxas de incidência ao longo dos anos.
O câncer de próstata pode demorar a se manifestar, exigindo exames preventivos constantes, para não ser detectado tardiamente, em estágio potencialmente fatal (quando os sintomas começam a aparecer, quase 95% dos tumores já se apresentam avançados, dificultando bastante as chances de cura). Assim, mesmo sem apresentar sintomas, todos os homens a partir de 45 anos – ou dos 40, em caso de histórico familiar – devem procurar um urologista anualmente para realizar o toque retal. 20% dos pacientes com câncer de próstata são diagnosticados por meio desse exame.
O exame de toque retal é rápido e indolor e permite que o médico avalie alterações da glândula, endurecimento e presença de nódulos suspeitos. Outros exames solicitados são o exame de sangue para dosar o PSA e a biópsia guiada por ultrassom transretal. Os principais sintomas da doença são: dor óssea, sintomas urinários, queda do estado geral, insuficiência renal e dores fortes.
A subcoordenadora de Ações de Saúde da Sesap, Ivana Fernandes, explica que entre os fatores predisponentes estão a obesidade, o sedentarismo, histórico familiar, tabagismo e alimentação inadequada (com excesso de gorduras, carne vermelha e embutidos, combinado à deficiência de frutas, verduras, legumes e grãos). Já os tratamentos dependem do estágio no qual se encontra a doença, sendo os mais comuns: vigilância ativa, cirurgia, radioterapia, terapia hormonal, quimioterapia e ultrassom concentrado de alta intensidade.
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