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sexta-feira, 27 de junho de 2014

Cenário piora e Banco Central já prever inflação de 6,4% em 2014


A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve fechar 2014 em 6,4%, aponta o Banco Central (BC) no Relatório Trimestral de Inflação referente a junho. Em 2013, o IPCA subiu 5,91%. No caso de 2015, a variação do índice de preços cederia para 5,7%, segundo as projeções do chamado cenário de referência, que pressupõe taxa Selic a 11% ao ano.

Medida em 12 meses acumulados, sem novo aumento de juros, a inflação pelo IPCA não cairia para 4,5%, centro do intervalo da meta definida pelo governo, nem até o fim do segundo trimestre de 2016, horizonte final das projeções e momento em que estaria na casa de 5,1% ao ano.

Para a taxa de câmbio, o cenário de referência considera o dólar a R$ 2,25.

As previsões pioraram desde o relatório anterior, publicado há três meses. No documento de março, o BC previa que a inflação pelo IPCA seria de 6,1% em 2014 e de 5,5% em 2015. Naquela ocasião, o cenário de referência levava em conta uma taxa básica de juro de 10,75% ao ano e uma taxa de câmbio de R$ 2,35. Depois disso, o BC subiu a taxa para 11% ao ano.

Levando em conta o cenário de referência, a probabilidade estimada de a inflação ultrapassar o limite superior do intervalo de tolerância da meta em 2014 se situa em 46% e, em 2015, em 30%.

No cenário de mercado, a inflação prevista para este ano também é de 6,4%, ou 0,2 ponto percentual acima do projetado no Relatório de Inflação anterior. Ao fim de 2015, o IPCA teria elevação de 6%. Para essas estimativas, os agentes econômicos consideraram dólar a R$ 2,39 no fim de 2014 e a R$ 2,48 no fechamento do próximo calendário e taxa Selic a 11% e a 12,08%, respectivamente.

Nesse quadro, a probabilidade estimada de a inflação exceder o teto da meta em 2014 está em 48%, e em 2015, em 38%.

Valor Econômico

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