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quinta-feira, 10 de julho de 2014

SINPOL detona manobra dos delegados e do governo e preparam ato de repúdio


Esta quarta-feira (9) foi de intensa movimentação na Polícia Civil do Rio Grande do Norte. Isso porque os agentes e escrivães foram pegos de surpresa com a notícia de que o Governo do Estado havia enviado um projeto de lei complementar para a Assembleia Legislativa, dando aumento real de 66% para os delegados e apenas 35% para os agentes e escrivães referentes à reposição salarial dos últimos quatro anos e ainda parcelado até o ano de 2016. A proposta deve ser votada pelos deputados nesta quinta-feira (10), mas os policiais vão até à AL um ato de repúdio e indignação.

Com esse projeto, irá se criar um fosso ainda maior e uma disparidade em comparação ao cargo de delegado com os de agentes e escrivães, sendo que todos são de nível superior. Diante dessa situação, já nesta quarta-feira a Diretoria do SINPOL-RN convocou assembleia de urgência e os policiais foram até a Casa Legislativa tentar barrar a votação.

O processo, no entanto, encontra-se na pauta desta quinta-feira e, por isso, os agentes e escrivães deliberaram que vão promover o ato de repúdio. A partir das 9h desta quinta, eles vão se concentrar nas galerias da Assembleia Legislativa, levando mensagens de protesto e mobilização.

“Pela proposta enviada à Assembleia Legislativa, com aval da Delegacia Geral e da Associação dos Delegados, após 30 anos de serviço, agente e escrivão vão receber pouco mais de 50% que um delegado ganha em início de carreira, sendo que todos os cargos são de nível superior”, afirma Djair Oliveira, presidente do SINPOL-RN.

Ainda de acordo com ele, a categoria não aceita esse tipo de manobra e a rasteira que foi dada pelos delegados em conjunto com o Governo. “O Sindicato representa uma categoria de luta que vem há anos lutando por melhorias na Polícia Civil do Rio Grande do Norte, sempre colocando em pauta questões que vão muito além de salário, como melhoria de efetivo e condições de trabalho. Mas, os delegados foram lá e negociaram apenas valores, sem nem mesmo se preocuparem em serem justos com o restante dos policiais civis”, completa Djair.

BG

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