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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Rogério Marinho: “Só falta Dilma acusar FHC de matar Odete Roitman e John Kennedy”


O deputado federal Rogério Marinho (PSDB) criticou a entrevista da presidente Dilma Rousseff (PT), concedida após mais de dois meses de silêncio em meio aos desdobramentos do escândalo do Petrolão. De forma irônica, o tucano disse que só falta a petista acusar o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso pelo assassinato da personagem fictícia Odete Roitman e do ex-presidente americano John Kennedy.

“A entrevista da presidente foi tão infeliz que gerou uma enxurrada de comentários irônicos nas redes sociais. Estão dizendo que só falta acusar FHC pelo assassinato de Odete Roitman e de John Kennedy”, disse Rogério durante entrevista concedida na manhã desta segunda-feira (23), na 94 FM.

Odete Roitman é uma famosa personagem da novela global Vale Tudo, sucesso nos anos 80. A vilã, interpretada pela atriz Beatriz Segall, acabou sendo assassinada no decorrer do folhetim. Já John Kennedy, considerado uma das maiores personalidades do século XX, foi assassinado em 1963, durante um atentado no Texas. Obviamente, nenhum dos dois casos tem qualquer relação com FHC.

As ironias dizem respeito ao posicionamento adotado por Dilma Rousseff em relação ao escândalo na Petrobras. A presidente disse que, se a corrupção na maior estatal do país tivesse sido investigada entre os anos de 1996 e 1997, ou seja, na gestão de FHC, os crimes identificados na Operação Lava Jato não teriam sido cometidos.

“Era melhor ter ficado calada. Esse é um governo que teima em olhar o passado de forma caolha e vesga. O PT transformou a corrupção em método e prática, passou a ser algo sistematizado, virou regra”, disse Rogério Marinho. O tucano ainda lamentou que a Petrobras tenha perdido grande parte do seu valor de mercado devido ao “desgoverno e aos equívocos cometidos pela atual gestão”.

Rogério defende a tese de que a presidente da República, Dilma Rousseff (PT), por ter sido presidente do Conselho de Administração da Petrobras, tem responsabilidade sobre os desmandos e prejuízos cauados na empresa.

“Qualquer decisão de um presidente de uma empresa precisa ser corroborada pelo seu Conselho de Administração já que é uma empresa que tem ações na bolsa de valores e a presidente do Conselho de Administração por todo o governo de Lula, inclusive na compra de Pasadena, na definição da construção de Abreu e Lima, e das refinarias Premium do Ceará e do Maranhão, a ampliação da Copel no Rio de Janeiro era a então ministra de Minas e Energia e depois chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. Então, para mim está claro que houve a responsabilidade da presidenta nas decisões equivocadas que geraram tanto prejuízo para a companhia, como na possibilidade do superfaturamento, do sobrepreço”, disse Rogério.

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