Walter Medeiros
waltermedeiros@supercabo.com.br
www.rnsites.com.br
Documentos conferidos, quase cinco mil pessoas literalmente no mesmo
barco, uma espécie de cidade dos sonhos onde o estresse fica fora do
portal. É hora de viver uns dias circulando por cafés, cassino,
corredores, saguões, apartamentos, restaurantes, teatro, cinema,
shopping, clube com piscinas, boate, academia, salão de danças. Pode
até embarcar numa lancha ou num ônibus e visitar monumentos históricos de cidades encantadoras.
Esse cenário é a realidade do navio Costa Fascinosa, uma embarcação
nova, que proporciona uma síntese de tudo que foi incorporado durante
toda a história à navegação e arquitetura náutica, nos mínimos
detalhes. Mesmo com 390 metros de comprimento por 36 de largura, não
poderia faltar o balanço do mar, que certamente é imensamente menor
que nas embarcações de menor porte. Nessa estrutura é posta em prática
uma organização imensa, com logística avançada, que proporciona tudo
que se necessita como se estivéssemos numa cidade. Até uma capela para
quem deseja manter suas religiões.
Em meio a esses detalhes, uma harmonia no máximo possível. Tudo muito
bonito, bem projetado, com luzes, cores, sons e equipamentos
confortáveis. De internet, para quem não se desliga e se dispõe a
pagar bem caro para conectar-se, a brincadeiras, espetáculos , festas
e inúmeras outras atividades. Até alguns – limitados, é verdade,
lugares onde é permitido fumar e ainda se encontra nos dias de hoje um
fumante aqui outro ali. Tudo isso dividido por onze andares, com
espaços impressionantes.
O navio adota uma temática envolvente e divertida, faça sol, calor,
chuva, frio ou tempestade, oferecendo tudo que é preciso para os
passageiros dançarem e aprenderem a dançar tangos e milongas. Aí é
feita uma verdadeira viagem no tempo através das músicas, o que já é
algo inesquecível; principalmente se ao tomarmos um espresso no Bagdá
Café ouvimos a orquestra tocar La Paloma, música que tive o prazer e a
sorte de ouvir em todas as cidades que visitei.
A cada momento ouvimos histórias de vida de tripulantes e passageiros,
que pela riqueza de emoções nos trazem a lembrança de que a vida é
agora. Gente de todas as idades dançando e aprendendo a dançar. Um
professor de educação física que virou professor de dança por
considerar menor a exigência de esforço físico. Gente que faz um
cruzeiro atrás do outro e se diverte no dia a dia do mar. Jogos no
cassino, arriscando dinheiro e quase sempre deixando o que tem nas
máquinas.
Por todo lado os corredores parecem um desfile de elegâncias, do
amanhecer às baladas da noite e madrugada; contatos, convivência. O
navio não dorme, pois precisa atender à festa de todos e à solidão de
muitos. Como da garçonete que morre de saudade, ouve certa música do
restaurante e diz que sorri com vontade de chorar. Tem o desabafo da
mulher solteira que diz não estar procurando namorado ou amante, mas
afirma que as mulheres casadas pensam que estão ali para tomar os
maridos delas. E o homem levado por um irmão que reencontra a
ex-namorada, transformando a viagem num belo romance.
Quando menos se espera, o imenso teatro apresenta espetáculo circense
com palhaços, que mistura o mundo da fantasia com o mundo real e o
mundo virtual – três mundos de visão possível graças aos mais
avançados recursos de computação gráfic a. Trazem, inevitavelmente
lembranças dos tempos em que não se usava informática, nem jogos
eletrônicos ou até TV a cores; e nos filmes os olhos guardavam as
sensações do cinemascope.
No caminho, Buenos Aires, onde se visita lugares memoráveis – Praça de
Maio, Casa Rosada, Zoológico, Sabor a Tango – que espetáculo! – um
shopping. Zarpando novamente, vem em seguida Punta Del Este – Uruguai.
Visita-se a cidade com desembarque através de lanchas, e encontram-se
saborosas guloseimas e belo pôr do sol.
No dia a dia, ficamos sabendo que o camareiro da nossa cabine, o
mineiro Ricardo estuda música e economiza para comprar um instrumento.
Tem muitos sonhos que quer realizar. A garçonete que é filha e neta
única e se emociona porque está pertinho de reencontrar a família por
algumas horas. O tempo passa diante de todos esses fatos e é chegada a
hora do desembarque. Agora o que temos do cruzeiro de nove dias mar
afora são aquelas fotos que talvez tenham o poder de nos levar
novamente a bordo.
waltermedeiros@supercabo.com.br
www.rnsites.com.br
Documentos conferidos, quase cinco mil pessoas literalmente no mesmo
barco, uma espécie de cidade dos sonhos onde o estresse fica fora do
portal. É hora de viver uns dias circulando por cafés, cassino,
corredores, saguões, apartamentos, restaurantes, teatro, cinema,
shopping, clube com piscinas, boate, academia, salão de danças. Pode
até embarcar numa lancha ou num ônibus e visitar monumentos históricos de cidades encantadoras.
Esse cenário é a realidade do navio Costa Fascinosa, uma embarcação
nova, que proporciona uma síntese de tudo que foi incorporado durante
toda a história à navegação e arquitetura náutica, nos mínimos
detalhes. Mesmo com 390 metros de comprimento por 36 de largura, não
poderia faltar o balanço do mar, que certamente é imensamente menor
que nas embarcações de menor porte. Nessa estrutura é posta em prática
uma organização imensa, com logística avançada, que proporciona tudo
que se necessita como se estivéssemos numa cidade. Até uma capela para
quem deseja manter suas religiões.
Em meio a esses detalhes, uma harmonia no máximo possível. Tudo muito
bonito, bem projetado, com luzes, cores, sons e equipamentos
confortáveis. De internet, para quem não se desliga e se dispõe a
pagar bem caro para conectar-se, a brincadeiras, espetáculos , festas
e inúmeras outras atividades. Até alguns – limitados, é verdade,
lugares onde é permitido fumar e ainda se encontra nos dias de hoje um
fumante aqui outro ali. Tudo isso dividido por onze andares, com
espaços impressionantes.
O navio adota uma temática envolvente e divertida, faça sol, calor,
chuva, frio ou tempestade, oferecendo tudo que é preciso para os
passageiros dançarem e aprenderem a dançar tangos e milongas. Aí é
feita uma verdadeira viagem no tempo através das músicas, o que já é
algo inesquecível; principalmente se ao tomarmos um espresso no Bagdá
Café ouvimos a orquestra tocar La Paloma, música que tive o prazer e a
sorte de ouvir em todas as cidades que visitei.
A cada momento ouvimos histórias de vida de tripulantes e passageiros,
que pela riqueza de emoções nos trazem a lembrança de que a vida é
agora. Gente de todas as idades dançando e aprendendo a dançar. Um
professor de educação física que virou professor de dança por
considerar menor a exigência de esforço físico. Gente que faz um
cruzeiro atrás do outro e se diverte no dia a dia do mar. Jogos no
cassino, arriscando dinheiro e quase sempre deixando o que tem nas
máquinas.
Por todo lado os corredores parecem um desfile de elegâncias, do
amanhecer às baladas da noite e madrugada; contatos, convivência. O
navio não dorme, pois precisa atender à festa de todos e à solidão de
muitos. Como da garçonete que morre de saudade, ouve certa música do
restaurante e diz que sorri com vontade de chorar. Tem o desabafo da
mulher solteira que diz não estar procurando namorado ou amante, mas
afirma que as mulheres casadas pensam que estão ali para tomar os
maridos delas. E o homem levado por um irmão que reencontra a
ex-namorada, transformando a viagem num belo romance.
Quando menos se espera, o imenso teatro apresenta espetáculo circense
com palhaços, que mistura o mundo da fantasia com o mundo real e o
mundo virtual – três mundos de visão possível graças aos mais
avançados recursos de computação gráfic a. Trazem, inevitavelmente
lembranças dos tempos em que não se usava informática, nem jogos
eletrônicos ou até TV a cores; e nos filmes os olhos guardavam as
sensações do cinemascope.
No caminho, Buenos Aires, onde se visita lugares memoráveis – Praça de
Maio, Casa Rosada, Zoológico, Sabor a Tango – que espetáculo! – um
shopping. Zarpando novamente, vem em seguida Punta Del Este – Uruguai.
Visita-se a cidade com desembarque através de lanchas, e encontram-se
saborosas guloseimas e belo pôr do sol.
No dia a dia, ficamos sabendo que o camareiro da nossa cabine, o
mineiro Ricardo estuda música e economiza para comprar um instrumento.
Tem muitos sonhos que quer realizar. A garçonete que é filha e neta
única e se emociona porque está pertinho de reencontrar a família por
algumas horas. O tempo passa diante de todos esses fatos e é chegada a
hora do desembarque. Agora o que temos do cruzeiro de nove dias mar
afora são aquelas fotos que talvez tenham o poder de nos levar
novamente a bordo.
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